Conheça mais sobre
nossos posicionamentos,
práticas e resultados.
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Mas você pode usar outros navegadores, como:
Pessoas são um ativo fundamental no processo de geração de
valor do Bradesco. A Organização está atenta a questões como
atração e retenção de talentos, qualidade de vida dos
funcionários, desenvolvimento e crescimento dos profissionais
e geração de emprego e renda. Tanto que estabelece como meta
figurar nos principais rankings elaborados por consultorias
conceituadas em relação ao tema clima organizacional.
Um dos pilares das práticas de gestão de pessoas é a
valorização interna. O ambiente de trabalho é pautado por uma
cultura sólida e de grande valorização da carreira, garantindo
igualdade de condições para que os profissionais se
desenvolvam e ascendam hierarquicamente. São contratados,
preferencialmente, profissionais que ocupem cargos iniciais e
possam desenvolver-se para assumir posições superiores. A
maioria dos cargos executivos e das funções intermediárias é
preenchida por profissionais que ascenderam na Organização.
Essa possibilidade se materializa por meio do sistema de
encarreiramento, com visão geral das oportunidades e
habilidades individuais, de forma que desenvolva o
profissional para assumir cargos superiores. Além disso, o
recrutamento interno permite que os funcionários se candidatem
a vagas divulgadas no portal e disponíveis no SAP, de acordo
com o interesse pessoal.
É adotado ainda o Mapeamento de
Competências, para identificar os talentos e as carências de
cada funcionário. Com base no feedback fornecido pelo gestor,
são definidas ações de desenvolvimento no âmbito do Plano de
Desenvolvimento Individual (PDI).
A totalidade dos
funcionários da Organização tem liberdade de associação e está
coberta por Convenção Coletiva de Trabalho. Além de garantir
os direitos de associação, sindicalização e negociação
coletiva, o Bradesco reconhece as sugestões dos profissionais
para a melhoria dos processos internos.
Em relação
a campanhas de sindicalização, o Departamento de Recursos
Humanos as conduz com as entidades de classe respectivas, com
oferta de infraestrutura e orientando os gestores internos.
A relação funcionário-Organização é marcada pelo respeito,
pelo trato equitativo e pelas oportunidades de desenvolvimento
e crescimento. Além do equilíbrio entre remuneração e
benefícios, o Bradesco promove iniciativas para melhorar o
ambiente de trabalho, o que contribui com o comprometimento e
o desempenho dos funcionários.
Um dos programas nesse sentido é o Viva Bem, conjunto de ações
que visam contribuir para o bem-estar dos profissionais. A
iniciativa abrange orientações e acompanhamento para uma
gestação saudável, orientação nutricional e incentivo à
prática de atividades físicas com foco na saúde e ampliação do
conhecimento dos funcionários sobre o tema. Também são
firmadas parcerias com academias de ginástica, salões de
beleza, entre outras.
Por meio dos canais de
comunicação, são abordados temas para que se mantenham as
vitalidades física, mental e emocional. Os funcionários passam
por exames médicos ocupacionais a cada 120 dias e exames
complementares quando necessário, além de participarem de
campanhas de vacinação.
Além disso, a Organização mantém duas ações de qualificação
dedicadas a pessoas com deficiência: o Programa Bradesco de
Capacitação Profissional com Ênfase na Educação Inclusiva,
conduzido em parceria com a Fundação Bradesco, e o Programa de
Capacitação Profissional e Inclusão de Pessoas com Deficiência
do Setor Bancário, da Federação Brasileira de Bancos
(FEBRABAN).
Os colaboradores também são incentivados a
participar de ações institucionais organizadas pelo Programa
Voluntários Bradesco, como o Dia Nacional de Ação Voluntária
(DNAV) e o Voluntários Mais, ou a participar de ações
voluntárias de forma independente.
Outro foco de
atenção do Banco são a prevenção e o combate às práticas
discriminatórias, com especial atenção ao fortalecimento das
relações, à disseminação da cultura da igualdade e ao
aprimoramento do fluxo de tratamento das denúncias.
Um dos principais valores da Organização está relacionado à
carreira e à igualdade de oportunidades para os funcionários.
Entre as diretrizes que norteiam esses conceitos está a oferta
de oportunidades de crescimento profissional, tanto para os
funcionários formados pelo Bradesco como para os incorporados
por meio de processos de aquisição de outras empresas.
Há quatro portas de entrada para se trabalhar na
Instituição. Uma refere-se ao modelo de carreira interna, em
que a Organização admite profissionais para cargos básicos em
suas agências e departamentos, e outra é a inclusão de
profissionais oriundos de processos de incorporação - em que
são respeitados os cargos, as funções e os anos de
experiência. Nos níveis iniciais da carreira, os funcionários
são selecionados preferencialmente na cidade onde residem.
A Organização também tem canal de admissão de talentos
conduzido em parceria com a Fundação Bradesco, em que são
premiados com admissão garantida os três alunos de maior
destaque em salas de aula. Outra forma de admissão refere-se a
cargos e funções que exigem especializações - casos em que a
Organização busca os profissionais adequados no mercado.
Em 1943, ano de nossa fundação, surpreendemos ao inclinar a
estratégia de atendimento ao pequeno comerciante, ao
funcionário público e às pessoas de poucos recursos, ao
contrário da tendência de mercado da época.
Nosso quadro de funcionários abrange a heterogeneidade
do povo brasileiro. Somado à nossa crença no potencial de
desenvolvimento das pessoas, temos um perfil único, comum a
singular e estratégica atuação como Banco de Carreira, além da
consequente sustentabilidade de nossos negócios e
investimentos.
A valorização da diversidade está incorporada aos nossos
Código de Conduta Ética, Política de Direitos Humanos,
Política de Gerenciamento dos Recursos Humanos, Política de
Diversidade e Inclusão e Política de Treinamento e
Desenvolvimento. Eles norteiam relacionamentos na Organização,
respondendo aos princípios do Pacto Global e de outros
normativos internacionais em direitos humanos.
Nossa robusta governança de Diversidade e Inclusão, em sua
mais alta instância, conta com o Comitê de Sustentabilidade e
Diversidade da Organização Bradesco. O Comitê, composto por
membros do Conselho de Administração e da Diretoria Executiva,
é coordenado por um Diretor Vice-Presidente e tem a função de
assessorar o Conselho de Administração no desempenho de suas
atribuições relacionadas ao fomento de estratégias sobre o
tema, conciliando as questões de desenvolvimento econômico com
as de responsabilidade socioambiental.
Formado por funcionários de diversas áreas da organização, o
Grupo de Trabalho de Diversidade e Inclusão ampara e fornece
subsídios ao Comitê de Sustentabilidade e Diversidade,
fortalecendo o tema nas atividades e negócios da Organização
Bradesco.
Os Grupos de Afinidades de Gênero, de Acessibilidade, de
Etnia e de Orientação Sexual e Identidade de Gênero são
formados por funcionários que atuam de forma voluntária na
discussão e proposição de ações sobre seus respectivos temas,
que são reportados ao Grupo de Trabalho de Diversidade e
Inclusão, do qual seus coordenadores são parte.
Inserida no Departamento de Recursos Humanos, conectando os
grupos de afinidade e de trabalho, catalisando transformações
e gerenciando iniciativas que zelam pela representatividade em
nosso quadro funcional, a área de Gestão da Diversidade é um
importante instrumento na promoção da real inclusão, para que
as pessoas possam realizar seu pleno potencial, em um ambiente
de respeito e acolhimento.
Disponível a todos os funcionários da Organização desde
2012, o Treinet Diversidade inaugurou nossas soluções de
aprendizado que abordam especificamente o tema. Atualmente,
soluções como “Diversidade como Estratégia de Liderança” e
“Diversidade a favor das relações” levam a seus participantes
a oportunidade de conhecer e refletir a respeito das relações,
além de sensibilizar, mobilizar e conscientizar sobre a
importância da diversidade e inclusão e promover um olhar mais
empático sobre as pessoas.
Salário e Remuneração de Homens e Mulheres
Norma de Risco Socioambiental
O escopo da análise a seguir reflete o conteúdo da Norma Risco Socioambiental (Interna e atualizada em 25/07/2017) e disciplina o gerenciamento de riscos socioambientais nas operações crédito e financiamentos, garantias, fornecedores e investimentos, conforme destaca-se:
Operações de Crédito e Financiamentos
I - Projetos enquadrados em Princípios do Equador
Trata-se de compromisso de adesão voluntária adotado por instituições financeiras para identificação,
análise e gerenciamento de riscos socioambientais em projetos.
Como signatária, a Organização requer a aplicação, em adição aos critérios e obrigações estabelecidos
pela legislação brasileira, das diretrizes estabelecidas pelos Princípios do Equador, incluindo os
Padrões de Desempenho da International Finance Corporation (IFC) e das Diretrizes de Saúde, Segurança e
Meio Ambiente do Grupo Banco Mundial, sendo abordadas questões sobre recursos naturais, impacto sobre a
biodiversidade, resíduos sólidos, efluentes líquidos e emissões atmosféricas, comunidades do entorno,
dentre outros aspectos.
Assim, para atendimento deste compromisso, o escopo estabelecido abrange os financiamentos destinados a
projetos novos e os que envolvem ampliações ou modernizações que impliquem em mudança substancial nos
resultados ou em sua função, no âmbito das seguintes operações:
1. Serviços de Assessoria a Project Finance cujo valor da operação seja a partir de U$S 10 milhões;
2. Project Finance cujo valor da operação seja a partir de U$S 10 milhões.
3. Financiamentos Corporativos a Projetos, desde que:
(a) A maior parte do financiamento destina-se a um único Projeto, sobre o qual o cliente tem o Controle Operacional Efetivo;
(b) O valor total da operação seja a partir de U$S 100 milhões;
(c) O compromisso individual do Bradesco (em situação de sindicato) seja a partir de U$S 50 milhões; e
(d) O prazo de financiamento seja a partir de dois anos.
4. Empréstimos-Ponte com prazo inferior a dois anos, a serem refinanciados por Project Finance ou Financiamentos Corporativos a Projetos.
II - Financiamento de Projetos
Trata-se de análise de risco socioambiental em financiamentos destinados a projetos novos, ampliações ou
modernizações, cujo valor da operação seja a partir de R$ 150 milhões.
Propostas que envolvam Projetos Imobiliários, cujo valor da operação seja a partir de R$ 30 milhões,
também passam por avaliação de risco socioambiental.
III - Projetos Setoriais
Trata-se de análise de risco socioambiental em financiamentos destinados a projetos envolvendo os
setores de Mineração e Ferro-Gusa, cujo valor da operação seja a partir de R$ 25 milhões.
IV - Análise de Riscos Pré-existentes
Trata-se de análise de risco socioambiental em operações de crédito nas quais os clientes figuram nas
listas divulgadas pelos órgãos ambientais com infrações de embargo e/ou áreas contaminadas (IBAMA,
CETESB/SP, INEA/RJ e FEAM/MG) e cujo valor da operação seja a partir de R$ 5 milhões.
Adicionalmente, também passam por análise de risco socioambiental todas as operações de crédito nas
quais os clientes apresentem indícios de envolvimento com trabalho forçado ou análogo ao de escravo,
independente da modalidade, finalidade e/ou do valor da operação.
V - Atividades Econômicas com Exposição ao Risco Socioambiental
Trata-se de análise de risco socioambiental em operações de crédito (independente da modalidade e/ou
finalidade) que envolvem atividades econômicas com maior exposição ao risco socioambiental,
classificadas em dois grupos:
Grupo 1
- Produção ou comércio de armas e munição;
- Produção ou comércio de materiais radioativos;
- Madeireira, serraria, desdobramento, movelaria, silvicultura, comércio e equipamentos para extração de
madeira;
- Produção, comércio ou uso de fibras de asbesto; e
- Tabaco.
Grupo 2
- Aeroportos, Ferrovias, Portos e Rodovias;
- Agricultura e Pecuária;
- Curtume;
- Fábricas de Material de Construção;
- Energia;
- Hospitais e Laboratórios;
- Indústrias (aço, farmacêutica, fertilizantes, ferro, galvanoplastia, laticínios, papel e celulose,
pesticidas, produtos petroquímicos, têxtil e vidro);
- Instalações para gerenciamento de resíduos;
- Pesca e Aquicultura;
- Prospecção, exploração e transporte de petróleo ou gás natural; e
- Saneamento Básico.
As operações de crédito com valor a partir de R$ 25 milhões, que envolvem o
Grupo 1, devem obrigatoriamente ser encaminhadas para análise de risco socioambiental.
Adicionalmente, quando as áreas de negócios identificarem potenciais riscos socioambientais em operações
com valores inferiores à R$ 25 milhões, estas podem ser encaminhadas para a avaliação de risco
socioambiental.
Assim ocorre também para o Grupo 2, ou seja, quando identificados riscos socioambientais potenciais nas
operações, independentemente de seu valor, podem ser encaminhadas para análise.
Operações de crédito (independente da modalidade, finalidade e/ou valor da operação) para as quais forem
identificados pelas áreas de negócios indícios de produção e/ou comércio de qualquer produto e/ou
atividade considerada ilegal, mediante a legislação nacional e as convenções e acordos internacionais
(ex.: trabalho infantil, exploração sexual, tráfico de animais), obrigatoriamente deverão ser
encaminhadas para análise de risco socioambiental.
VI - Contratação e Monitoramento
Trata-se de inclusão de cláusulas contratuais específicas para o controle e acompanhamento dos riscos
socioambientais nas operações de crédito e financiamentos contratadas. Tais operações, de acordo com a
modalidade, tipo de contrato e vigência, poderão ser incluídas na carteira de monitoramento de risco
socioambiental de projetos da Organização.
Operações de Garantias Imobiliárias
Trata-se de análise de risco socioambiental para as garantias imobiliárias rurais e/ou urbanas,
observando as modalidades e os valores das operações descritas no item Operações de Crédito e
Financiamentos.
Adicionalmente, as garantias relacionadas a áreas industriais, galpões com armazenamento de material
potencialmente contaminante, glebas (rurais e urbanas), imóveis com tanques de combustíveis e terrenos
livres em grandes centros urbanos, com valor a partir de R$ 10 milhões, deverão passar por análise de
risco socioambiental. Quando forem identificados potenciais riscos socioambientais em garantias com
valores inferiores à R$ 10 milhões, poderão ser realizadas análises das mesmas para avaliação de tais
casos específicos.
Operações de Investimentos
Trata-se de análise de risco socioambiental em operações de Private Equity, envolvendo setores e valores
descritos no item V - Atividades Econômicas com Exposição ao Risco Socioambiental.
Fornecedores
I - Fornecedores com Riscos Pré-existentes
Trata-se de análise de risco socioambiental realizada para fornecedores em processo de homologação ou
com contratos vigentes (independente da atividade e do valor do contrato) que figurem nas listas
divulgadas pelos órgãos ambientais competentes com infrações de embargo e/ou áreas contaminadas (IBAMA,
CESTEB/SP, INEA/RJ e FEAM/MG) e/ou apresentem indícios de envolvimento com trabalho forçado ou análogo
ao de escravo.
II - Fornecedores com Potencial Risco Socioambiental
Trata-se de análise de risco socioambiental aplicada a fornecedores em homologação com faturamento anual
a partir R$ 30 milhões ou fornecedores com contratos vigentes a partir de R$ 30 milhões que atuem nos
seguintes setores de atividades: obras civis, impressão de materiais (Ex.: gráficas, copiadoras,
impressões eletrônicas, outsourcing de impressão), vestuários, cadeia da madeira, comunicação visual,
fabricação de equipamentos de infraestrutura (ex.: ar condicionado e baterias, autoatendimento e
hospitalar), fabricação de cartões, fabricação de equipamentos de tecnologia de informação (ex.:
equipamentos de automação, informática e telecomunicação, mainframe, hardware e computadores), e
serviços de transportes (segurança armada, ronda, custódia e valores), de vigilância, de retaguarda de
agência, call center e manutenção de aeronaves e de veículos.
Estudos de Casos de Risco Socioambiental
Como forma de disseminar a importância da avaliação de riscos
socioambientais, o Bradesco fortalece, continuamente, os processos de análise, por meio do aprimoramento
de suas metodologias e iniciativas.
No processo de avaliação das propostas de crédito e/ou contratação de fornecedores, contribuímos na
identificação preventiva dos riscos, bem como na adoção de práticas de mitigação dos possíveis impactos
socioambientais, em conjunto com seus parceiros de negócios. Os estudos de casos a seguir refletem
alguns exemplos da atuação proativa da Organização como fomentador de negócios de maneira
sustentável:
I - Projetos de Usinas e Pequenas Centrais Hidrelétricas
Um dos principais impactos negativos da implementação de uma usina hidrelétrica é a necessidade de
alagamento de áreas que, invariavelmente, possuem uso econômico por pequenos produtores ou comunidades
que as utilizavam para cultivos de subsistência e geração de renda. Na maioria das vezes, a compensação
financeira, de forma pontual, é a solução proposta pelo empreendedor para mitigar o impacto negativo na
comunidade. Porém, tal medida, pode não garantir que os produtores mantenham seus meios de subsistência,
o que representa uma ameaça aos direitos humanos, tal como descrito no artigo 25° da Declaração
Universal dos Direitos Humanos.
Caso 1: manutenção de renda para produtores rurais impactados
Ao avaliar o financiamento da instalação de uma usina hidrelétrica, verificamos nos estudos ambientais a
existência de famílias de pequenos produtores rurais que teriam suas terras alagadas pela formação do
lago da usina. No processo de engajamento com o cliente para a verificação dos estudos de impactos
socioambientais e medidas de mitigação ou compensação propostas, identificamos uma inovadora solução que
contribuirá para a manutenção de renda para o público afetado pelo alagamento. O empreendedor propôs
participação acionária na usina hidrelétrica, por meio da constituição de uma sociedade de propósito
específico, constituída pelos produtores rurais. Desta forma, ao longo de toda vida útil do
empreendimento, eles receberão parte da geração de caixa do empreendimento, decorrente da venda de
energia. Durante o processo de análise, quase todos os produtores já haviam formalmente aceitado a
proposta. Diante do exposto, bem como da verificação das ações e programas de mitigação dos demais
riscos socioambientais, o Bradesco aprovou a operação.
Caso 2: atendimento às comunidades reassentadas e regularização de terras
Ao avaliar proposta de crédito para outra Usina, analisamos o andamento dos trabalhos de atendimento às
comunidades reassentadas e regularização de terras, entre outros aspectos ambientais. Realizamos visita
técnica ao empreendimento, juntamente com o consórcio de bancos, observando os padrões de desempenho do
International Finance Corporation (IFC) e, atestamos as ações que garantem o fornecimento de água
potável a essas comunidades, bem como as melhorias realizadas em relação às novas residências destinadas
ao reassentamento. O cliente atendeu as exigências estabelecidas pelo órgão ambiental, contribuindo
positivamente para a redução dos riscos socioambientais. Sendo assim, o Bradesco concedeu o crédito
pleiteado.
Caso 3: financiamento não aprovado
Ao avaliar o financiamento de uma usina que seria instalada na região norte do Brasil, foram
identificados impactos socioambientais significativos, tais como: o assoreamento de rios, a
interferência em terras indígenas, nas comunidades locais e na fauna, assim como a degradação em área de
preservação permanente. Foram avaliados os estudos, planos e relatórios sobre o projeto, entretanto
diante da constatação que a usina causaria grandes impactos socioambientais irreversíveis, o Bradesco
não prosseguiu com o financiamento.
Caso 4: financiamento não aprovado
Ao analisar o financiamento de um conjunto de pequenas centrais hidrelétricas, foi constatada: a sua
implantação com a licença ambiental de instalação vencida; existência de ação civil pública quanto ao
processo de licenciamento ambiental; danos irreversíveis em cavidades naturais sem autorização e sem a
conclusão de estudos ambientais e supressão de vegetação em Área de Proteção Ambiental Permanente (APP)
em desacordo com a autorização obtida. Diante dos potenciais riscos apresentados e considerando que os
planos de mitigação propostos pela usina não se mostraram adequados frente aos possíveis impactos
socioambientais, não prosseguimos com o financiamento.
II - Projeto de Linha de Transmissão de Energia
Os riscos socioambientais associados a uma linha de transmissão de energia estão diretamente associados
a seu traçado. Podem ocorrer interferências tanto em comunidades, quanto ao patrimônio cultural ou
arqueológico. Essas ocorrências, se não foram gerenciadas com boas práticas socioambientais, podem levar
à violação aos direitos humanos, tal como descrito no artigo 27° da Declaração Universal dos Direitos
Humanos.
Caso: Comunidades Remanescentes de Quilombos
Recebemos a solicitação de financiamento para a instalação de linha de transmissão de mais de 1.000 km,
planejada para atravessar 3 estados do Nordeste do Brasil e integrar energicamente à rede nacional
projetos de geração de energia renovável hoje em desenvolvimento. Foram identificados vários pontos de
risco, entre eles: a presença de Comunidades Remanescentes de Quilombos certificadas; vasto número de
sítios arqueológicos nos municípios de abrangência do empreendimento; intercepção de áreas prioritárias
para a conservação dos biomas Caatinga, Amazônia e Cerrado. Na interlocução com o cliente, verificamos o
rigor do processo de consulta livre, prévia, informada junto às comunidades quilombolas durante o
processo de licenciamento ambiental. Confirmamos as primeiras etapas de elaboração de um "Projeto Básico
Ambiental Quilombola" com a diretriz de envolver ativamente as comunidades locais no planejamento e
execução das medidas propostas para reconhecer e valorizar a cultura e meios de produção quilombolas.
Adicionalmente, verificamos que o tema Direitos Humanos também é incorporado nos programas propostos que
preveem articulação com iniciativas dos governos municipais. Considerando o robusto planejamento e
iniciativas iniciais já demonstradas em relação às comunidades tradicionais quilombolas, além da
verificação de coerentes medidas mitigadoras em relação aos demais impactos socioambientais do
empreendimento, a Organização aprovou a operação.
III - Projeto de Energia Eólica
Mesmo sendo considerada uma forma de geração de energia de baixa emissão de gases de efeito estufa, a
instalação de um complexo eólico apresenta potenciais impactos à biodiversidade. São conhecidos os
possíveis impactos à fauna alada (aves e morcegos), sobretudo quando o complexo eólico está localizado
em áreas caracterizadas como habitats críticos. Considerando que a aceleração da perda de biodiversidade
e da extinção de espécies ocorre atualmente, estes possíveis impactos ganham relevância junto à
sociedade e aos meios de comunicação.
Caso: complexo eólico próximo ao oceano
Ao avaliar a proposta de concessão de crédito para um complexo eólico, identificamos potenciais impactos
na biodiversidade, em decorrência de sua localização próxima ao oceano. Durante a verificação dos
estudos ambientais disponíveis, identificamos, por meio de estudos específicos e pareceres de órgãos
ambientais, que o empreendimento não se localiza em rota migratória de aves e tampouco ocorreria
interferência na linha de maré. Avaliamos também que os impactos na fauna alada e o processo reprodutivo
de tartarugas marinhas estavam devidamente identificados e que haviam medidas de monitoramento e
controle coerentes. Além disso, foi confirmada a existência de plano de recuperação de áreas degradadas,
de forma a compensar a supressão vegetal necessária para a instalação do empreendimento. Desta forma,
avaliamos que o projeto estava regular frente aos órgãos reguladores, que os impactos à biodiversidade
possuíam severidade média com medidas de mitigação satisfatórias e que, assim, a operação poderia ser
aprovada.
IV - Armamentos
A atividade econômica relacionada à produção e comercialização de armamentos representa um desafio. Por
um lado, para se garantir o bem-estar de seus cidadãos, governos adquirem armas e munições, entre outros
equipamentos de segurança. Por outro, se as empresas que participam deste setor econômico não possuírem
rígidos controles e registros de suas vendas, tais produtos podem estar associados ao crime, ao
terrorismo e áreas de conflito civil. Tais usos estão diretamente associados à violação dos direitos
humanos.
Caso: utilização de drones em áreas de conflito
Durante o processo de análise para o estabelecimento de limite de crédito para uma empresa do setor de
armamentos, foi identificada notícia sobre a utilização de "drones" produzidos pelo controlador da
empresa no exterior, durante bombardeio a populações civis em área de conflito armado. Solicitamos
manifestação do cliente em relação às notícias e detalhes de seus processos de controle de vendas.
Todavia, não obtivemos respostas satisfatórias nos contatos estabelecidos. Diante dos riscos
identificados da associação do cliente a possíveis violações aos direitos humanos e a ausência de
visibilidade sobre os controles existentes, o Bradesco não concedeu o crédito pleiteado.
V- Demais casos
Caso 1: financiamento para um porto brasileiro
Ao avaliar o financiamento de um porto no Brasil sob os critérios dos Princípios do Equador,
identificamos riscos socioambientais relevantes, tais como: a necessidade de reassentamento das
comunidades afetadas; a regularização de terras; possíveis interferências negativas sobre a atividade
pesqueira da região. Em atendimento aos padrões de desempenho do International Finance Corporation
(IFC), realizamos visita técnica ao empreendimento, juntamente com o consórcio de bancos, e exigimos a
apresentação de novos planos para mitigação dos riscos, assim como a ampliação dos compromissos de
melhorias sobre os processos de gerenciamento dos riscos. O cliente atendeu as exigências, contribuindo
positivamente para a redução dos riscos socioambientais e, assim, demos andamento a operação.
Caso 2: financiamento para shopping center
Ao avaliar o financiamento de ampliação de um shopping center de grande porte na região nordeste do
Brasil, identificamos que a área do empreendimento apresentava forte indício de contaminação. Desta
forma, foi solicitado ao cliente estudo de passivo ambiental, o qual foi conduzido por consultoria
especializada e acompanhado pela Organização. A conclusão do estudo confirmou alto risco de explosão em
alguns pontos da área onde seria realizada a obra de ampliação. Assim, o cliente realizou ações para
descontaminação do local, evitando a exposição dos funcionários e frequentadores do empreendimento aos
riscos constatados. Após estas ações e com as devidas análises de que a área não apresentava riscos
socioambientais, concedemos o financiamento.
Caso 3: análise de risco socioambiental na cadeia de suprimentos
Foi recomendado a um de nossos fornecedores estratégicos para a guarda de documentos o desenvolvimento
de um sistema de gestão ambiental, contemplando a elaboração de inventário de emissões de gases do
efeito estufa (com respectivo plano de redução de emissões), a utilização de papel certificado (FSC ou
Cerflor) e a adoção de ações ecoeficientes sobre consumo de água e energia. O parceiro elaborou um plano
de ação, o qual é acompanhado pelo Bradesco, sendo que a maioria das iniciativas já foi concluída. Ações
como esta contribuem para que as práticas socioambientais dos fornecedores estejam alinhadas às da
Organização.